Nesta semana, a Polícia Civil desmantelou uma fábrica de cigarros clandestina em Cristal, localizada no sul do Estado. A operação resultou na apreensão de uma quantidade de produtos ilegais equivalente a cinco carretas, totalizando um peso de 30 toneladas. A empresa ilegal industrializava tabaco com marcas paraguaias e possuía maquinário pesado, já tendo produzido milhares de maços de cigarros.
A ação foi conduzida por agentes da 2ª Delegacia de Polícia Civil de Gravataí, na Região Metropolitana, os quais já haviam descoberto, em 2020, outra fábrica clandestina de cigarros em São Sepé. Naquela ocasião, 17 trabalhadores, a maioria de origem paraguaia, foram resgatados de condições análogas à escravidão, enquanto os gerentes e proprietários da empresa foram detidos por vários meses. Na operação atual, apenas um brasileiro, que estava vigiando o local, foi preso em flagrante por pirataria de marcas e crimes contra a saúde pública.
O volume de material apreendido inclui cigarros, tabaco picado e diversos insumos utilizados na industrialização do produto, totalizando o suficiente para encher cinco carretas. Os cigarros, embalados em duas mil caixas contendo cada uma 500 maços da marca 51, representam uma das maiores apreensões já realizadas no Rio Grande do Sul, embora não seja a maior, visto que a Brigada Militar confiscou anteriormente, em Viamão, quatro mil caixas de cigarros de marcas paraguaias.
Os produtos fabricados clandestinamente não podem ser comercializados devido aos maiores riscos à saúde pública, uma vez que não há controle governamental sobre os insumos utilizados nem sobre as pragas que o tabaco pode carregar. Além disso, tais produtos não cumprem com as obrigações fiscais.
As máquinas apreendidas serão destinadas a leilão, enquanto o tabaco será incinerado devido à sua procedência desconhecida.